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terça-feira, 23 de junho de 2009

CONCUPISCENCIA, O QUE É?







Para respondermos esta pergunta, principalmente devemos atentar para alguns conceitos que são expressos na passagem a seguir: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre", 1 João 2-15-17.

O vocábulo mundo aparece com vários significados na Bíblia. No caso do texto em apreço, em que sentido João está falando de "mundo"? A concepção de "mundo", de acordo com o texto bíblico de 1 João 2.15, 17, nada tem a ver com a idéia de mundo físico e palpável no qual nascemos, vivemos e um dia "morremos". Também nada tem a ver com "gente", com pessoas como eu e você, com os povos da Terra. A idéia passa por aí, mas não é exatamente disso que João se referia. Mundo, nesse caso, tem a ver com a operação influente do Diabo, em tudo o que ele toca, consegue se fixar e chamar a atenção. É o sistema implantado por ele na sociedade e que prepondera na humanidade. É esse "mundão", sem Deus e sem salvação, que evangelista João recomenda não amarmos, e muito menos o que existe nele (1 João 2.15).
Se o conceito de mundo nessa passagem fosse outro, então a Bíblia estaria dizendo que não devemos amar os países, principalmente os mais carentes; investirmos na obra missionária e orarmos pelos esforços nessa área para que as pessoas sejam evangelizadas e salvas por Jesus Cristo.
Devemos nos manter opostos ao poder e á operação do Diabo, que tão de perto nos rodeia. O nosso Deus e a Igreja, da qual fazemos parte, são os nossos únicos aliados na oposição à operação mundana, regida por Satanás (que significa adversário). É por isso que cremos que a corrupção formada pelo sistema do Diabo não durará para sempre. A única possibilidade de incorruptibilidade, em todo o sistema, de acordo com o texto de João, está em "aquele que faz a vontade de Deus" (1 João 2.17).
Segundo João, esse sistema alimentado pelo maligno detém algumas características marcantes. São elas as concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida. Logo, concupiscência tem a ver com mundanismo.
Concupiscência da carne
Concupiscência, segundo o dicionário da Bíblia de Almeida, é um forte e continuado desejo de fazer ou de ter o que Deus não quer que façamos ou tenhamos. A Bíblia nos adverte para que sejamos vigilantes e não permitamos que a concupiscência seja senhora de nossa vida. Sejamos cuidadosos no sentido de não permitir que o mundo governe e administre os nossos corpos. Que não haja nenhum acordo entre a nossa alma, convertida a Deus, e a carne, esse princípio mal enraizado em nós e que deve ser crucificado. A Bíblia diz que Deus deve ser o absoluto Senhor do nosso espírito, alma e corpo.
Enquanto estamos, aqui na Terra, somos sujeitos à queda, mas na consumação de todas as coisas, quando estivermos com o Senhor na glória, viveremos eternamente em incorruptibilidade.
Concupiscência dos olhos
Os nossos olhos devem estar de acordo com o suave, sereno e santo. Devemos ver as coisas com o olhar do próprio Jesus. É através dos nossos olhos que começamos a entender o mundo a nossa volta. Se nossa visão estiver voltada para o mal, todo nosso ser tenderá para o mal. Se para o bem, tenderemos ao bem. Em termos espirituais, cuidemos em olhar em perspectiva — para frente, ao longe.
A concupiscência dos olhos é uma forma sorrateira, enganosa e com propósitos estranhos de nossa alma ver as coisas que estão diante de nós. A Tevê e a Internet são veículos usados pelo maligno para fazer prevalecer o mundanismo. Quando emprestamos os nossos olhos pra o mundo colorido, permitindo-nos ser dominados pelos seus princípios, estamos sendo guiados pela concupiscência dos olhos.
Soberba da vida
A soberba, que raramente é confessada, é uma forma de orgulho e engano. Tal sentimento permeia a sociedade. Entre os pretensos intelectuais, por exemplo, vemos propalada a idéia de que Deus não existe ou, no mínimo que Ele é dispensável às pessoas. Nesses discursos vemos claramente a manifestação do que o apóstolo chama de "a soberba da vida". Reconheçamos sempre a nossa total dependência de Deus.
A passagem de 1 João 2.15-17, enfim, nos ensina que é perigoso quando o mundo, através da concupiscência e da soberba, reina em nós. A vitória está quando permanecemos vivendo de acordo coma vontade de Deus. Esse deve ser o nosso ideal permanentemente, pois "o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre".
Fonte: CPAD
Por, Pastor Raimundo de Oliveira

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